terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

FILMES SOBRE O PROBLEMA DO MAL 1 - A LISTA DE SCHINDLER

FILME 1
A LISTA DE SCHINDLER




Título original: Schindler’s List
Realização: Steven Spielberg
Ano: 1993
Género: Drama / Guerra
Duração: 197 min.
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos

SINOPSE
Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a render-se a uma ideologia – o nazismo – que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornar-se desculpas para que actos tão bárbaros como o extermínio dos judeus sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um insecto?
É impossível não colocar estas perguntas a propósito de A Lista de Schindler, de Steven Spielberg.
Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, A Lista de Schindler é construído sobre um argumento de Steven Zaillian que mostra de forma realista a perseguição aos judeus na Polónia e constituição do Gueto de Cracóvia, em 1941, onde aguardavam a transferência para o campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goeth (Ralph Fiennes).
O protagonista do filme, Schindler, é apresentado como um empresário ganancioso e sem escrúpulos que enriqueceu aproveitando a guerra e o trabalho escravo dos judeus que recrutava para a sua fábrica. A princípio parece ignorar os horrores que ocorrem à sua volta mas, gradualmente, toma consciência da situação em que está também envolvido, deixando-se sensibilizar ao ponto de se sentir obrigado a agir em favor dos que até aí tinha explorado sem escrúpulos. O filme transforma-se então no relato de uma corrida contra o tempo, na qual Schindler tenta salvar o máximo de judeus que pode.
DESCRIÇÃO E COMENTÁRIO
Estamos em 1939. A Alemanha nazi domina a Polónia. É exigido aos judeus polacos que se registem em Cracóvia. Entretanto, Oskar Schindler, membro do Partido Nazi chega à cidade. Começa a oferecer jantares e festas sumptuosas a oficiais nazis de alta patente. Estes tiram fotografias com Schindler e de seus convidados de honra passam a amigos.
Decorridos dois anos, os judeus de Cracóvia são forçados a habitar na parte velha da cidade, transformada num gueto. As suas casas e negócios foram confiscados. As novas moradas são de péssima qualidade. Schindler contacta o Conselho Judaico. Faz uma proposta: se alguns judeus investirem no seu novo negócio promete-lhes o retorno do investimento em menos de um ano. Mais importante do que isso: uma vez que a fábrica se localiza fora do gueto e Schindler pagará aos seus empregados com bens úteis no mercado negro, os judeus terão a oportunidade de adquirir outros bens. Dada a situação em que os judeus se encontram, Schindler argumenta que esta forma de pagamento é melhor do que dinheiro. Os judeus do Conselho aceitam com relutância.
Itzhak Stern, um dos membros do Conselho Judaico, torna-se o contabilista e gestor da produção na fábrica de Schindler. Homem muito inteligente arguto, Stern rapidamente se apercebe de que a contratação de judeus para a fábrica de Schindler é uma forma de impedir que sejam enviados para Auschwitz e a morte certa. Stern contrata, entre outros, um rabino, um músico, um professor de história, um idoso e até uma pessoa com um só braço porque suspeita que estes serão as primeiras vítimas da deportação. Com Stern a gerir o seu negócio, Schindler começa a cumprir a sua parte do acordo. Continua a enviar aos seus amigos nazis prendas extravagantes. Estes oficiais nazis, tal como pensava Schindler, transformam com facilidade contratos de guerra em negócios privados. Todos os pedidos de Schindler são aprovados e rapidamente o industrial alemão torna-se um homem rico.
No inverno de 1942, um novo oficial nazi, Amon Goeth, chega a Cracóvia. Foi nomeado comandante de Plazov, o campo de concentração construído nos arredores da cidade. Como sinal do que está para vir, a primeira iniciativa de Goeth é verificar como está a decorrer a construção dos barracões. A engenheira responsável pela construção – uma judia com elevada cultura – informa os guardas, e depois Goeth, de que os alicerces têm de ser modificados. Se tal não for feito, os barracões poderão desabar. Goeth não gosta do modo como a engenheira judia se dirige aos oficiais e a si mesmo – ou o facto de que é uma pessoa com educação sofisticada. Ordena a um oficial que lhe dê um tiro na cabeça. Depois, informa os seus subordinados de que as sugestões da engenheira devem ser seguidas.
Na primavera seguinte, Goeth conduz a liquidação do gueto. Os judeus que se recusam a sair são prontamente assassinados. Alguns tentam esconder-se mas em vão. São depois encaminhados para o campo de concentração de Plazov. Até ao cair da noite, a liquidação continua, baseada no lema «Procurem, encontrem e destruam». Os judeus que se esconderam são procurados por tropas auxiliadas por cães e dispositivos de detecção. Não há contemplações: os que têm a ousadia de resistir são sumariamente mortos.
A fábrica de Schindler está parada por falta de mão-de-obra. Para mudar a situação, Schindler combina um encontro com Goeth. Quando se dirige para o local, vemos Goeth a praticar tiro ao alvo – e o alvo são os prisioneiros que trabalham no campo. O oficial nazi dá preferência aos que lhe parecem mais preguiçosos mas a escolha é quase sempre aleatória. Schindler consegue subornar Goeth e tirar do campo os judeus que para si trabalhavam. Assim, a fábrica volta a funcionar. Contudo, o comandante do campo não permite que Stern saia. Stern irá gerir a parte de Goeth no negócio.
As coisas voltam a correr bem a Schindler. As suas ligações com os nazis e outros conhecimentos tornam a sua vida social muito agitada. Na festa do seu aniversário, duas moças judias visivelmente nervosas aparecem com um bolo e em nome dos trabalhadores da sua fábrica desejam-lhe feliz aniversário. Retribui beijando uma delas em frente dos oficiais nazis e de outros convidados. Esse facto faz com que seja preso. É rapidamente libertado por um dos seus conhecidos. Fica a saber que não deve ser tão amigável e simpático com judeus porque como lhe dizem os nazis: «os judeus não têm futuro».
Novos trabalhadores chegam a Plazov. Para encontrar espaço no campo para acolher os recém-chegados, Goeth ordena uma inspecção sanitária a todos os trabalhadores do campo. Homens e mulheres são despidos e obrigados a correr em círculos perante os médicos nazis. Os considerados inaptos são assassinados ou deportados. As crianças são reunidas e colocadas em camiões. Poucas conseguem escapar. Os judeus adultos apercebem-se, aterrorizados, de que a inspecção foi apenas uma estratégia para deportar as crianças.
Em Abril de 1944, cumprindo ordens superiores, Goeth manda exumar os cadáveres de 10.000 judeus mortos durante o seu consulado em Cracóvia. O céu da cidade enche-se de cinzas. Os judeus que não foram assassinados ou que não morreram são enviados para Auschwitz. Stern informa Schindler de que está a coordenar a evacuação final e que irá no último comboio. Por esta altura, Schindler apenas se preocupa com uma coisa: salvar os seus trabalhadores. Consegue mais um encontro com Goeth e, mediante pagamento, é-lhe permitido recuperar os trabalhadores. Schindler e Stern dactilografam uma lista de 1.100 judeus para entregar a Goeth. Contudo, um lamentável erro faz com que as mulheres e as crianças sejam enviadas para Auschwitz. Descobrindo o erro, Schindler consegue salvá-las usando diamantes para subornar um oficial nazi.
Com a rendição da Alemanha em 1945, acaba a guerra na Europa. Schindler, que apesar de tudo, continuou a ser membro do partido Nazi, começa a preparar a sua fuga. Tem medo de ser acusado de crimes de guerra juntamente com outros membros do partido. Os «judeus de Schindler» despedem-se do seu salvador entregando-lhe um documento assinado por todos que atesta os seus louváveis esforços para os salvar dos nazis. Schindler murmura que poderia ter salvo ainda mais pessoas se tivesse vendido o seu carro e algumas jóias mais. Stern acalma-o. Assegura-lhe que fez o suficiente. Lê-lhe a frase que está escrita no anel oferecido: «Quem salva uma vida salva o mundo inteiro».
ACTIVIDADES SOBRE O FILME

1. O filme trata do problema do mal natural?
R: Não. O filme trata do problema do mal moral e não do sofrimento causado por causas naturais.
2.O que se entende no filme por mal moral?
R: Por mal moral entende-se no filme o genocídio de milhões de judeus, o extermínio organizado e cuidadosamente planeado de 2/3 dos judeus da Europa, o desprezo absoluto pela vida de certos seres humanos. A morte de tantos judeus não foi um dano colateral da guerra mas sim um acto deliberado e sistemático baseado em razões ideológicas.

3. As duas principais personagens do filme são Schindler e Goeth, o «bom alemão» e o «mau alemão». O que representa Goeth?

R: Goeth parece ser a encarnação do mal absoluto, que saboreia a crueldade com que trata seres que julga subhumanos, de acordo com a doutrina nazi e julga que a autoridade reside no poder de matar arbitrariamente. Compaixão e piedade pelos judeus são, para Goeth, sentimentos impuros e sinal de fraqueza. O facto de o seu nome ser quase igual ao do grande poeta alemão Goethe pode querer simbolizar o desconcertante facto de um dos maiores crimes da história ter sido planeado, organizado e conduzido com fervor e disciplina pela maioria dos membros de um dos países mais avançados e cultos do mundo.

4. Será correcto dizer que desde o início era intenção de Schindler salvar os judeus que acabou por salvar ou que isso resultou de uma transformação moral do industrial alemão?

R: Schindler era membro do partido nazi. Em certa medida estaria de acordo com a ideologia desse partido. O seu objectivo era aproveitar a guerra para enriquecer e o trabalho escravo dos judeus era, sem dúvida um excelente meio. Nesse aspecto, agia como muitos dos seus compatriotas. A fábrica de Schindler tornou-se uma forma de os judeus permanecerem vivos. Contudo, não era intenção de Schindler salvar os judeus. Permanecerem vivos era uma consequência de trabalharem para ele. O que podemos ver no início do filme é que, para Schindler, os judeus eram simples instrumentos para enriquecer. Eram seres consumíveis e substituíveis. Não os maltratava mas explorava-os.

Contudo, progressivamente, assistimos a uma transformação moral da personagem. Da indiferença passamos à compaixão. A sua fábrica, de meio de exploração de trabalho escravo, torna-se intencionalmente um meio de salvação dos judeus. E quando já nem a fábrica resiste ao impulso genocida dos nazis, Schindler usa a sua fortuna para subornar vários oficiais e tentar salvar e resgatar os seus trabalhadores.

5.Um dos argumentos mais populares contra a existência do Deus teísta baseia-se na existência do mal moral. Como pode um Deus bom permitir que exista o mal? De uma forma mais desenvolvida o argumento é este:

a)Deus é absolutamente bom e omnipotente.
b) Deus criou o mundo.
c) O mal existe no mundo.
d) Ou Deus quer livrar o mundo do mal e não consegue ou Deus pode livrar o mundo mal mas não quer.
e) Se não consegue livrar o mundo do mal, então não é omnipotente.
f) Se pode mas não quer livrar o mundo do mal, então não é bondoso.
g) Seja qual for o caso, temos de concluir que não existe um Deus tal como os teístas – judeus, cristãos e muçulmanos – o concebem.

Embora ao longo do filme nunca se mencione Deus nem Deus seja interpelado pelas vítimas das atrocidades nazis, o facto é que a sua vida decorre à mercê do terrorismo dos nazis. A verdade é que, no seu interior, muitos dos judeus – e não só – devem ter perguntado onde estaria Deus enquanto eles sofriam horrivelmente. Tente formular esta questão.

R: Se Deus nos ama, se nos criou e nos mantém na existência protegendo-nos, se é totalmente bom e todo-poderoso, por que razão não impediu o Holocausto? A pergunta contém implicitamente a resposta: o Holocausto é a prova de que «Deus morreu», de que a fé no Deus dos teístas não faz sentido. Se Deus existisse, teria concerteza impedido o Holocausto. Se não o impediu, então não existe ou não é como nós pensamos que é.

6. «Deus não construiu Auschwitz nem os seus fornos crematórios. Foi o ser humano quem o fez. A responsabilidade cabe ao ser humano e não a Deus. Porquê? Porque o ser humano é dotado de livre-arbítrio, liberdade de escolha. Talvez preferíssemos um mundo em que as pessoas tivessem sido criadas como robots que só poderiam fazer o bem e nunca o mal em vez de seres humanos capazes de também escolher o mal. Mas isto é impossível. Só onde existe a possibilidade do bem existe a possibilidade do mal».

Deus é, neste argumento, ilibado de qualquer responsabilidade pelo Holocausto e por qualquer mal que aconteça no mundo. Em que se baseia a defesa da bondade de Deus? Está de acordo? Justifique.

R: A defesa baseia-se na existência de livre-arbítrio nos seres humanos. Assim sendo, umas vezes o ser humano escolhe o bem e outras vezes o mal. É por causa das escolhas humanas que existe mal no mundo. Através da sua liberdade de escolha os seres humanos infligem dor e sofrimento a outros seres humanos. Dada a dimensão trágica que certas acções humanas – como o Holocausto – assumem, somos tentados a desejar um mundo em que o ser humano só pudesse fazer o bem. Mas esse seria um mundo de robots.

A liberdade moral pressupõe a capacidade de escolher entre o bem e o mal. A ideia de seres humanos programados para não fazerem o mal só parece possível mediante o sacrifício da capacidade de livre escolha, ou seja, do livre-arbítrio. Com efeito, seres livres que não podem fazer o mal é uma contradição nos termos. Um mundo em que haja grandeza moral, actos moralmente grandiosos é um mundo que tem de tolerar a existência da baixeza moral.

O que vale este argumento? Várias objecções podem ser feitas:

1 - Por que razão um ser que supomos absolutamente bom e omnisciente fabricou seres com liberdade de escolha moral quando, dada a sua omnisciência, sabia que essas escolhas incluiriam actos horríveis e terrivelmente graves? Se as criaturas de Deus possuem livre-arbítrio, Deus também. Então por que razão ficou a assistir? A liberdade humana exige como sua condição de possibilidade a impotência e a apatia de Deus, a sua neutralização moral?

2 – Se metaforicamente usarmos uma balança, será que a possibilidade de escolhermos livremente o bem pesa mais ou é mais importante do que os danos e prejuízos que decorrem de um mau uso do livre-arbítrio? Se dissermos que sim temos de confrontar-nos com a seguinte objecção: esta tese parece subestimar a forma como o mal predomina sobre o bem no mundo, o carácter insuportavelmente cruel de vários actos humanos e a desproporção que consiste em milhões de pessoas sofrerem e morrerem devido à crueldade de poucos. É o caso do Holocausto, das purgas estalinistas, dos massacres do Ruanda e do Cambodja. É difícil admitir que tamanhas injustiças morais façam algum sentido e também que Deus, se existe, as tenha permitido.

3. É discutível que tenhamos livre-arbítrio.

7. Vejamos outro argumento:

Deus não é mau porque o sofrimento, a dor e a injustiça no mundo estão ao serviço de um maior bem. Um dentista que tem de arrancar um dente infectado causa dor e sofrimento ao seu paciente mas uma vez que isto tem em vista um maior bem – recuperar a saúde e o bem-estar – não podemos dizer que o dentista é mau ou realizou um acto mau. Do mesmo modo, Deus causa dor e sofrimento no mundo mas tem em vista um bem maior pelo que a sua acção não pode ser considerada como má.

Aceita este argumento? Parece-lhe um bom argumento?

R: O argumento suscita algumas objecções:

1 – Transforma o mal em bem instrumental o que parece apenas uma forma de ignorar o problema.

2- O argumento não passa o teste do Holocausto. Que maior bem pode resultar de tanto horror e crueldade?

Há quem defenda que se a justificação de Auschwitz for um enigmático bem maior se perdeu qualquer sensibilidade moral, insultando os que perderam vida nos campos de concentração. Nada pode justificar esse assassínio maciço. E porque não pensar que este argumento é também um insulto a Deus, dado fazer dele um sádico criminoso. 

3 – O argumento destrói ou, pelo menos, enfraquece a ideia de que Deus é bom transformando-o num ser maquiavélico. Mesmo que admitamos que o Holocausto serve um propósito divino, esse propósito deve ser mau ou «maquiavélico» se a única forma de o alcançar for através do extermínio de milhões de pessoas. Os fins não justificam os meios. Uma finalidade que só pode ser realizada mediante meios injustos, é em si mesma injusta.

8. O Holocausto não é um mal absoluto porque dele resultou algo bom em termos históricos para o povo judeu e para a humanidade em geral. O confronto com o mal, o sofrimento e a injustiça são uma prova a que somos submetidos para que nos aperfeiçoemos moralmente repudiando o que de errado fizemos. Está de acordo com este argumento?

R: Comecemos pelo fim. É discutível que só num mundo em que haja sofrimento se pode atingir a virtude moral. A ideia não passa mais uma vez no teste do Holocausto porque não se consegue perceber como uma tal tragédia possa ser considerada condição de aperfeiçoamento moral. Será possível dizer que o Holocausto valeu a pena em nome de um eventual estado futuro de virtude moral e de felicidade. Sem injustiça não haveria bons samaritanos. Talvez. Sem risco de perigo não haveria coragem. Certo. O problema deste ponto de vista é que a distribuição do mal é demasiado errática. Isso torna imensamente complicado ver que bem existe em certos males. Além disso transforma o mal em bem instrumental. Mas não são o sofrimento e a injustiça males contra os quais devemos lutar? A teoria parece convidar-nos a uma certa resignação e passividade perante o que no mundo está errado.

9. Considere o seguinte argumento:

a) Deus é o criador do universo e de todas as coisas que nele existem.
b) Como ser perfeito, Deus tem de criar o melhor ou o mais perfeito dos mundos possíveis.
c) Um mundo em que existam seres livres é mais perfeito do que um mundo em que não haja liberdade de escolha.
d) Se os seres humanos fossem forçados a fazer o bem, e apenas o bem, não seriam livres.

e) Logo, Deus deve criar um mundo onde existam seres capazes de praticar o mal.

Parece-lhe que este é um bom argumento?

R: Tal como no domínio da política podemos questionar se a liberdade é mais importante do que a segurança, neste plano podemos perguntar se um mundo sem sofrimento e desgraças morais não seria preferível a um mundo com livre-arbítrio.



1 comentário:

  1. Blã, blá, blá de imbecilidade holocuau$tica! Sempre o mesmo "papo" imbecil que já encheu o saco até e dos burros!

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